segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Idesp apresenta prêmio sobre gestão da informação à UFRA

Os acadêmicos conhecerão prêmio para melhores trabalhos sobre gestão da informação para o desenvolvimento do Estado.

O Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) apresenta nesta terça-feira, dia 28, às 9h, o “I Prêmio Estadual de Monografias Professor Roberto Santos – 2010 - Gestão da Informação para o Desenvolvimento do Pará” aos acadêmicos da Universidade Federal Rural do Pará (UFRA), na Sala de Conselhos Superiores. Na ocasião, o presidente do Idesp, José Raimundo Trindade, fará uma palestra sobre o tema da premiação. Este é o terceiro evento de uma série de apresentações do concurso em universidades e entidades públicas e privadas, para motivar a produção de teses sobre a gestão da informação.

No total serão R$ 30 mil em prêmios e 15 notebooks para os premiados. As monografias inscritas deverão utilizar as informações disponíveis no SIE, para produzir produções científicas em cinco temas. Os cinco primeiros melhores trabalhos serão publicados pelo Ipea, e os demais também serão objetos de publicação, pelo Idesp. Os primeiros colocados em cada tema também receberão a quantia de R$ 3 mil, os segundos colocados R$ 2 mil e os terceiros, a quantia de R$ 1 mil. Todos os premiados receberão ainda um notebook. O edital completo e a ficha de inscrição estão disponíveis no site www.idesp.pa.gov.br.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pará lidera geração de empregos na Região Norte

O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou na última quinta-feira (16) números sobre o mercado de trabalho formal do mês de agosto. No plano nacional, o saldo de emprego foi de 299.415 postos, sendo resultado de 1.740.659 admissões e 1.441.244 demissões.

Na região Norte, a quantidade de pessoas admitidas foi de 78.710, enquanto as demissões somaram 62.214, ficando com saldo de 16.496 postos de trabalho (ver Tabela 1). O Pará foi o grande destaque, sendo responsável por quase 40% do saldo da região Norte. Em agosto de 2010, o saldo paraense foi de 6.391, sendo este o terceiro melhor resultado para um mês de agosto desde 1996 (o segundo melhor foi em 2009).

Fonte: CAGED/MTE.

Elaboração: NAC/Idesp.

No acumulado do ano (jan-ago), a região Norte já registra um saldo de mais de 86 mil postos de trabalho, sendo o Pará responsável por quase 35% do total. A Figura 1 abaixo mostra o acumulado de admitidos, desligados e saldo de emprego nos estados da região Norte em 2010 (até agosto). O valor até agora registrado no mercado de trabalho paraense demonstra que a estimativa de saldo de 40 mil postos de trabalho para 2010 será alcançada.

Ainda em agosto, o setor de atividade que mais gerou saldo foi o de serviços, correspondendo a 28,5% do saldo, seguido por comércio, com 20,87%, e indústria de transformação, com 16,6%. No que diz respeito a participação municipal no saldo, o destaque é para Belém, responsável por 33,3% do saldo estadual, seguido por Parauapebas, 12,6%, e Castanhal, 7,9%.



Figura 1. Admitidos, desligados e saldo de emprego nos estados da região Norte em 2010 (jan-ago)
Fonte: CAGED/MTE.
Elaboração: NAC/Idesp.
Nota: Os valores no interior da Figura representam o saldo.



sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Estimativa 2008: PIB paraense é o quarto maior do País

Os dados divulgados pelo Idesp mostram que o PIB verificado é também o maior desde o início da série, em 2002.

A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) para 2008 apresentou uma variação real da ordem de 7,3%, total de R$ 56,656 bilhões em valores nominais, na comparação com 2007. Os números foram divulgados nesta sexta-feira, dia 17, pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental do Pará (Idesp), entidade responsável pelo cálculo do PIB no Estado, segundo a nova metodologia de cálculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando o ano base 2002. “Os dados mostram que o Pará cresceu mais do que qualquer estado da região Norte, envolvendo dois aspectos: o crescimento de empregos, o que representa crescimento de renda da população, e o crescimento de mercadorias, bens produzidos”, comenta o presidente do Idesp, José Raimundo Trindade.

Desse modo, verifica-se que o incremento do PIB paraense se apresenta como maior desde o início da série em 2002, sendo ainda superior à taxa do País, de 5,1% para 2008. Analisando a série, observa-se para o período de 2003 a 2008, variação real acumulada de 39,69% no PIB paraense, com média anual de 5,7%, superior a média nacional, para o mesmo período de 4,2%.

Segundo o presidente do Idesp, o comportamento da economia paraense em 2008 significou um “amortecimento” pára os reflexos da crise mundial verificada em 2009. “Podemos comparar o crescimento paraense às taxas de crescimento ‘chinesas’, que são entre 7% e 9%, o que foi muito importante para reduzir os impactos da crise mundial” afirma.

Razões para o crescimento econômico do Pará em 2008

Produção Industrial

A economia Paraense experimentou uma importante aceleração na produção industrial em 2008, apresentando uma serie de resultados positivos. A atividade evoluiu gradativamente no período analisado com crescimento de 5,59%, patamar superior a média nacional (3,11%), e encerrando o ano com a 4ª taxa de crescimento entre os Estados Brasileiros pesquisados.

Para este bom desempenho a indústria de minerais não metálicos teve papel preponderante, pois registrou uma elevação de 14,49% em comparação com o ano de 2007, os dados permitem constatar o aumento na produção, superando o desempenho obtido no ano anterior quando houve uma variação negativa de 4,92%, cabe destacar a reversão da tendência de queda nas taxas existentes em 2007. Impulsionada pelas ampliações nos investimentos da produção através do aumento de aquisições de insumos industriais e equipamentos.

Outra grande contribuição provém da indústria de celulose, papel e produtos de papel que apresentou forte recuperação, quando confrontado os resultados obtidos no ano anterior verifica-se um aumento de 13,6% frente ao crescimento de 3,65% em 2007. Quanto à metalurgia básica também registrou aumentos consideráveis na produção, a taxa de crescimento ficou situada em 11,3%, valor acima da média alcançada em 2007, quando obteve taxa de 3,58%.

A importância da indústria extrativa, esta fortemente atrelada ao aumento da extração de minério de ferro, cobre e manganês, um dos principais componentes da pauta de exportação do Estado, outra característica significante diz respeito ao papel ativo da demanda externa, podendo ser observado pelo aumento das vendas externas. O melhor resultado obtido pelo setor corresponde ao incremento de 6,09%, apesar do recuo constatado quando aferido o resultado registrado no ano anterior 8,1%, a atividade permanece colaborando com resultados positivos.

A indústria de transformação experimentou uma forte recuperação, já que a taxa de acrescimento acelerou para 5,12%, situando num patamar bastante superior ao alcançado no ano anterior (-1,9%). O único setor industrial que obteve desempenho negativo foi à atividade madeireira (-23,98%), acompanhando uma queda na produção e acentuando um encolhimento nesse setor já percebido desde o ano anterior (-5,69%).

Outro aspecto importante mostra que o aumento na quantidade exportada de produtos básicos foi maior do que o verificado no índice geral da indústria, o que indica a demanda externa como principal determinante da expansão industrial, e o padrão de crescimento pautado na demanda externa deixa evidente a vocação natural da atividade econômica no estado.

Portanto, de maneira geral a analise da produção industrial mostra que perante os resultados a indústria Paraense avançou, não apenas pelas taxas elevadas de crescimento, mas também pela relativa recuperação dos setores, além disso, a trajetória de expansão dos investimentos e ampliação do crédito no período em análise gera indicadores de produtividade mais expressivos.

Comércio Varejista

O comércio varejista do Estado do Pará encerrou 2008 em queda nas vendas. A pesquisa mensal do comércio do IBGE apontou uma variação media acumulada de 1,66%, este resultado foi inferior ao obtido em 2007(10,19%), e abaixo da media nacional (9,13%).

O baixo desempenho do setor comercial pode ser atribuído em parte à inflação dos preços dos alimentos em 2008, influenciados pelos choques nos preços de commodities agrícolas.

Agropecuária

Segundo LSPA/IBGE as safras no ano de 2008 dos principais produtos agrícolas que apresentaram maior taxa de variação positiva na produção comparativamente ao mesmo período do ano anterior são as culturas de soja (+30,64%), cacau (+21,69%) e de milho (+10,6%). Os que apresentam maior taxa de variação negativa na produção são as culturas de juta (-56,41%), guaraná (-44,12%) e de abacaxi (-32,98%).

Segundo pesquisa realizada pelo IBGE, sobre efetivo dos rebanhos, tipo bovino, o rebanho paraense alcançou volume de 15.353.989 milhões de cabeças, apresentando expansão de 5,77% com relação a 2007.

Mercado de Trabalho

Segundo dados divulgados pelo Caged o demonstrativo de emprego no Pará em 2008, apresentaram resultados anuais positivos na oferta de empregos formais. Fazendo uma relação entre as admissões, o saldo que mais se evidenciou foi o de reemprego com 188.255 contratações, contrapondo as dispensas sem justa causa que chegaram ao volume de 181.951.

A evolução do seguro desemprego no Estado do Pará no ano de 2008 somou volume de requerentes em 149.808 mil solicitações e o total de segurados foi de 145.646 mil solicitações atendidas.

Dentre as atividades econômicas, o setor de administração pública apresentou maior variação positiva no saldo acumulado do ano, apresentou saldo de 45 postos, registrando uma variação de aproximadamente 104,55%.

A atividade extrativa mineral registrou variação positiva de aproximadamente 49,87%, compreendendo a segunda maior variação positiva registrada no acumulado do ano em relação ao ano anterior.

A atividade de serviços apresentou uma tímida variação positiva no saldo do ano de 4,41% comparado com ano de 2007, registrando um aumento na oferta de 381 empregos formais.

Os setores de serviços ind. de utilidade pública e de comércio, apesar de apresentar saldos positivos no acumulado do ano, registraram queda em relação ao ano anterior, apresentando variação negativa de 38,17% e de 58,65% respectivamente.

O setor que obteve maior desempenho negativo no saldo acumulado do ano foi o de indústria de transformação, fazendo comparação com saldo do ano anterior, obteve uma redução de 6.320 empregos formais.

As atividades de construção civil e de agropecuária registraram redução na oferta de empregos em 1.645 postos formais no acumulado do ano. Em relação ao ano anterior as duas atividades obtiveram variação negativa.

No Estado do Pará as atividades econômicas que mais contribuíram para o saldo positivo de emprego formal no ano 2008, foram as de serviços com 9.024 empregos e as de comércio com 4.565 postos.


Comércio Exterior

A balança comercial do Estado do Pará em 2008 registrou superávit recorde de US$ 9 bilhões, este resultado ficou situado acima do saldo obtido em 2007 (US$ 7 bilhões) e a variação calculada foi de 32,71%, enquanto a corrente de comércio acumulada totalizou US$ 11 bilhões, estes dados são obtidos através do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior.

O Estado do Pará ocupa lugar de destaque na balança comercial da Região Norte sua participação no saldo das exportações corresponde 81,78% e 5,40% de participação no total das exportações Brasileiras, com este resultado mantém a segunda posição no ranking entre os estados brasileiros com maiores saldos e sexto lugar no ranking dos estados exportadores.

O setor mineral mantém a liderança na pauta de exportação do Estado, representando uma participação de 80% entre os principais produtos exportados entre o período de janeiro a dezembro de 2008, a produção de minério (35,96%), alumina calcinada (12,62%), ferro fundido bruto (8,41%), cobre (6,45%) e manganês (5,42%) foram os produtos de maior crescimento em termos de participação.

Estes aumentos refletem as maiores volumes exportados, além de recuperação dos preços internacionais de importantes commodities. Os principais mercados compradores ficam situados em países como Japão, Estados Unidos e China, os principais destaques no incremento das compras dos produtos Paraenses foram da Alemanha e China que tiveram uma ampliação de 48 % e 43 % respectivamente.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Idesp e Ipea Norte divulgam estimativa de PIB paraense

Estimativa 2008 mostra que incremento no PIB é o maior desde o início da série em 2002.

O Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental do Pará (Idesp), entidade responsável pelo cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) no Estado, e a Regional Norte do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgam nesta sexta-feira, dia 17, às 9h, os valores calculados para o Produto Interno Bruto (PIB) do Pará para o ano de 2008. O PIB paraense apresentou uma variação real da ordem de 7,3% na comparação com 2007, portanto o maior desde o início da série em 2002, e sendo superior à taxa do País de 5,1% para 2008.

A divulgação das informações e análise de conjuntura será realizada na sede do Idesp, pelo presidente da entidade, José Raimundo Trindade, e o diretor da Regional Norte do Ipea, Guilherme Dias.

A estimativa para o cálculo do PIB paraense, para o ano de 2008, considerou alguns aspectos importantes para o cálculo, entre os quais, a variável tendência na participação, o crescimento do PIB nacional e os índices de volume dos principais indicadores que determinam o comportamento das atividades econômicas do Estado. O levantamento utiliza dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem como ano base 2002 e apresenta defasagem de dois anos.

Divulgação PIB-Pará 2008

Data: 17.09.2010

Horário: 9 horas

Local: Auditório do Idesp – rua Municipalidade, 1.461, Umarizal – prédio anexo ao Sebrae.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ufra recebe apresentação sobre prêmio de monografias do Idesp/Ipea

No dia 28, será  vez dos acadêmicos da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) conhecerem mais sobre o I Prêmio de Monografias professor Roberto Santos, em apresentação feita pelo presidente do Idesp, José Raimundo Trindade, às 9 horas, na Sala de Conselhos Superiores, da O Idesp irá visitar ainda acadêmicos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), Universidade da Amazônia (Unama) e Universidade do Estado do Pará (UEPA).

O edital e mais informações para as inscrições estão no site http://www.idesp.pa.gov.br/.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ICMS ECOLÓGICO: SUBSÍDIO PARA GESTÃO MUNICIPAL

Ynis Cristine Ferreira - Bolsista da Diretoria de Pesquisas e Estudos Ambientais

O ICMS Ecológico é um instrumento econômico de política ambiental (subsídio), implantado na década de 1990. Consiste em destinar uma parcela resultante da redivisão da receita do Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações (ICMS), redistribuída aos municípios pelos Estados, sob critério ambiental. O ICMS Ecológico já está implantado em doze Estados do Brasil e em discussão em outros, entre os quais o do Estado do Pará. O território paraense está dividido em 144 municípios, em que, Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMA, aproximadamente 40% desse território é constituído de Unidades de Conservação Federais, Estaduais, Municipais ou ainda de Iniciativa Particular. Em 2000, foi apresentado um projeto de lei que propunha a implantação do ICMS Ecológico no Estado do Pará, como tentativa de atribuir uma função social e ambiental à arrecadação tributária nos municípios. Contudo, o projeto não foi aprovado e uma nova discussão do tema no Estado estaria relacionada a novos critérios, dentre eles o desmatamento evitado. Em 2009, o Decreto 1.697, de 5 de junho, que regulamenta o Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento do Estado do Pará (PPCAD-PA), determina até dezembro de 2012 o prazo para implementação do ICMS Ecológico no Estado, de modo transparente e com fiscalização do órgão estadual. Dentro deste contexto o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará - IDESP tem por objetivo subsidiar a implementação do ICMS Ecológico no Pará através de projeto de pesquisa voltado para a temática.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Idesp apresenta premiação de monografias aos acadêmicos da UFPA

O Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) inicia no dia 23 deste mês, uma série de apresentações do “I Prêmio Estadual de Monografias Professor Roberto Santos - Gestão da Informação para o Desenvolvimento do Pará”, prmovido em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A primeira instituição de ensino a receber o evento será a Universidade Federal do Pará (UFPA), às 17h, no Auditório Setorial Profissional  - próximo ao Ver-o-Pesinho.  Participe!

MONOGRAFIAS


As monografias inscritas deverão utilizar as informações disponíveis no SIE, para produzir produções científicas em cinco temas: “Gestão democrática da informação e inovação para o desenvolvimento, econômico, social e ambiental do Pará”; “O papel do SIE na atuação da Defensoria Pública”; “A gestão da informação e o SIE como ferramenta de planejamento de políticas públicas”; “O SIE como ferramenta para gestão da informação e inovação às micro e pequenas empresas do Pará” e a “A evolução demográfica e as políticas públicas no Pará”. Os cinco primeiros melhores trabalhos serão publicados pelo Ipea, e os demais também serão objetos de publicação pelo Idesp. Os primeiros colocados em cada tema também receberão a quantia de R$ 3 mil, os segundos colocados R$ 2 mil e os terceiros, a quantia de R$ 1 mil. Todos os premiados receberão ainda um notebook. O edital completo e a ficha de inscrição estão disponíveis no site www.idesp.pa.gov.br.

A iniciativa do Idesp conta com o apoio de inúmeras empresas, da FIEPA, CIP, ASPAS, Sol Informática e SEBRAE. O entendimento do conjunto destas instituições e empresas é que somente com a compreensão detalhada dos problemas paraenses e, a partir deste diagnóstico, criar soluções criativa e inovadoras, possibilitando ao Pará ocupar espaço mais relevante no contexto federativo brasileiro.

HOMENAGEADO

Roberto Santos é um dos mais importantes intelectuais paraenses vivos: jurista e renomado professor de Economia pelas suas contribuições em análises da teoria do desenvolvimento no Estado, Santos se formou inicialmente pela Faculdade de Direito do Pará, em 1955, e fez carreira debatendo o desenvolvimento regional. Ele já atuou como advogado, magistrado, sociólogo e professor e é autor de obras de referência como “História econômica da Amazônia (1800/1920)”, reconhecida no Brasil e no exterior.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Desmatamento e políticas públicas no Pará

Andréa Coelho - Coordenadora Técnica da Diretoria de Pesquisas e Estudos Ambientais - IDESP


O estado do Pará apresenta uma das maiores taxas de desmatamento da Amazônia Legal, e alguns dos seus municípios estão no topo da lista dos que mais desmatam como é o caso de São Félix do Xingu e Paragominas.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o acumulado do desmatamento em 2009 atingiu uma área desmatada de 245.035 km², o que representa 21,6% do seu território, e 33,28% do desmatamento da Amazônia Legal.(gráfico 01).

Gráfico 01: Percentual de desmatamento na Amazônia Legal

Os números referentes ao incremento anual são variáveis, e têm apontado para um decréscimo constante desde o ano de 2005, atingindo 4.281 km² no ano de 2009. (gráfico 02)


Gráfico 02: Incremento do desmatamento no estado do Pará, 2001-2009

Apesar dos avanços obtidos, os índices continuam muito altos, e apontam para a necessidade de políticas efetivas de combate ao desmatamento.

Medidas de ordenamento territorial, regularização fundiária e fomento à produção de forma de sustentável são primordiais para alcançar este objetivo.

Nesse contexto, os zoneamentos da área de influência da BR-163, da Calha Norte e da Zona Leste do Pará; o Plano Estadual de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento do Estado do Pará (PPCAD); o Cadastro Ambiental rural (CAR); a regulamentação da Lei de Gestão de Florestas Públicas; a criação do Fórum de mudanças climáticas; o Programa 1 Bilhão de Árvores, dentre outras políticas, são iniciativas do governo do estado no sentido de cumprir as metas e alterar o histórico de degradação do território paraense.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Pesquisa do IPEA aponta otimismo nas famílias nortistas

INDICE DE EXPECTATIVAS DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS – RECORTE REGIONAL


Pesquisa domiciliar inédita do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realizada em 3.810 domicílios distribuídos por 214 municípios em todas as unidades da federação, o Índice de Expectativas das Famílias (IEF) aponta que os brasileiros estão otimistas em relação à situação socioeconômica do País, com índice de 62,75 pontos em agosto (veja escala abaixo). A região Centro-Oeste apresenta a maior pontuação de otimismo das famílias em relação aos próximos 12 meses (68,14), enquanto a região Sudeste registra a menor (59,09), indicando grau de moderação para a situação socioeconômica nacional.

A pontuação do IEF para a situação socioeconômica brasileira resulta da combinação de cinco diferentes dimensões consideradas, a saber:

(i) a expectativa da família sobre a situação econômica nacional;

(ii) a percepção da família sobre a condição financeira passada e sua expectativa futura;

(iii) a expectativa da família sobre decisões de consumo;

(iv) a expectativa da família sobre o endividamento e condições de quitação de dívidas e contas atrasadas; e

(v) a expectativa da família sobre o mercado de trabalho, especialmente nos quesitos segurança na ocupação e sentimento futuro de melhora profissional.

O maior grau de confiança na melhora econômica do País ocorre entre aquelas famílias com maior rendimento, bem como para os mais jovens. No mesmo sentido, os que apresentam maior otimismo com a economia do País são os homens, os de ensino superior incompleto, os autodeclarados negros e aqueles que recebem algum benefício do governo.

As regiões Norte e Nordeste apresentam maior otimismo em relação ao comportamento da economia nacional com, respectivamente, 72% e 74% das famílias projetando melhores momentos para o País. Em contraste, nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, essa proporção atinge 50%, 48% e 51%, respectivamente.

O gráfico abaixo mostra que as expectativas das famílias sobre o futuro próximo é mais otimista no Norte, onde mais de 87% delas acreditam que estarão melhor contra apenas 4% dos domicílios que acreditam o contrário (pior). No caso da região Sudeste, a proporção de famílias que acreditam que estarão melhor é de 71%, contra 9% que antevêem piores momentos.

A região Nordeste é aquela em que o otimismo é maior, com 64% das famílias acreditando ser um bom momento para o consumo. Nas regiões Norte e Sul há mais famílias receosas em consumir do que otimistas (51% contra 47% e 49% contra 42%, respectivamente), conforme aponta o gráfico seguinte.

Perspectiva sobre o momento para consumir bens de consumo duráveis por região

Quanto ao grau de endividamento, 45% do conjunto das famílias brasileiras pesquisadas declararam não ter dívidas, ao passo que em comparação ao rendimento familiar mensal pouco mais de 11% das famílias responderam estar muito endividadas. Registra-se que há maior proporção de famílias sem dívidas no Nordeste e Centro-Oeste (53% e 55%, respectivamente), ao passo que na região Norte apenas 16% das famílias declararam não possuir dívidas (contra 42% que estão pouco endividadas).

A pesquisa revela também que aproximadamente 20% das famílias possuem alguma conta atrasada. Todavia, cerca de 60% dessas famílias crêem que conseguirão quitar essas contas total ou parcialmente no mês seguinte.

Analisando por regiões, 58% das famílias no Centro-Oeste acreditam que terão condições de quitar totalmente suas contas atrasadas. Por outro lado, no Norte e no Nordeste há uma maior proporção de domicílios cujas famílias não acreditam que terão condições de pagar suas contas vencidas (53% e 47%, respectivamente).

Os resultados apresentados denotam o grau de segurança no emprego: assim foi mais destacado no Centro-Oeste e no Sul, respectivamente, o que parece revelar que as regiões agrícolas com maior nível de inserção nos mercados nacional e mundial são as que oferecem mais segurança quanto à ocupação. O Nordeste, em contrapartida, é a região onde foi aferido o menor nível de segurança, que ainda assim, ultrapassa a barreira dos 70%. O Sudeste e o Norte são as regiões que, após o Nordeste, apresentam os menores níveis de segurança, mas em patamares equivalentes a cerca de ¾ dos ocupados, ou seja, três em cada quatro chefes de família dessas regiões se consideram seguros em suas ocupações.

Quando o foco da pergunta são os demais membros da família, cabe destacar que em 71,9% dos casos, todos os membros da família que trabalham se sentem seguros em suas ocupações. Um total de 5,3% dos respondentes afirmaram que algumas pessoas da família se sentem seguras em suas ocupações e 20% disseram que os membros do domicílio não se sentem seguros em relação às suas ocupações. Os demais não sabiam ou não responderam à questão. O gráfico seguinte apresenta os resultados discriminados por região geográfica do Brasil.

Confira a ánálise completa dos dados no site http://www.idesp.pa.gov.br/.